A Aura do Fenômeno O.T.O.
praemeditatio malorum
Um pequeno ensaio sobre o vendaval da guerra virtual thelêmica, ou
"Chega-se ao fim de uma história quando ela dá a sua pior
virada." Friedrich Duerrenmatt
Introdução a artigos sobre a Aura do Fenômeno O.T.O. — Palavras-chave.
A O.T.O. funciona como um shareware demonstrativo: com todas as
características interessantes ou chaves fora de comissão, funciona por um
período experimental de quatorze dias que fica se repetindo vez após vez.
Há somente uma área no fenômeno da O.T.O. onde ainda se consulta folhas de chá e
se sacode galinha morta em caso de problema.
Críticos são perigosos aos pseudo-acadêmicos e ocultistas porque eles
destroem a sua aura: exatamente aquilo que os tornava intocáveis aos seus
próprios olhos.
No fim, os fatóides colocados em órbita pelos
ocultistas criam um vendaval de censura na internet, onde "spin doctors" viram
pilotos e fazem seus passageiros surfar. Enquanto eles se comportam como se seus
antepassados não tivessem saído de rastejo do pântano primevo mas sim tomado um
táxi — eles precisam encarar fatos que ameaçam a sua regrada felicidade e sua
murada segurança. E assim eles escolhem a ignorância como arma de sobrevivência.
Promovem benignidade, preconceito, superstição e censura para proteger seu clã
contra o "mundo", e ficam trancados na curvas do "ah, se..." de sua
própria realidade.
Fornecido com a estratégia do "vale tudo" (ao
criar incontáveis novas Ordens) e a manipulação através da Internet (em e-grupos
e e-mails) eles produzem imitações de pensamento e novas modalidades de antigas
fantasias. Veteranos "spin doctors" se debruçam na janela virtual de suas
cavernas, dando voltas nas ruínas da luxúria e levados por farrapos de
iluminação no terreno da burguesia ínfima.
As
ramificações da O.T.O. consistem principalmente em revisões musicais de sua
imprensa ideologicamente congênere, da eterna celebração de Crowley e seus
discípulos, e de criticar os críticos. Pseudo-dissertações ocorrem em completa
esterilidade na Internet, claro que em seu círculo vicioso de censura, "spin
doctoring", propaganda e mentiras descaradas. Recentemente, eles professaram uma
abordagem erudita, simplesmente hiperlinking textos com auto-denominados
sociólogos que defendem as chamadas "Novas Religiões Emergentes".
A revisão da cuidadosamente protegida projeção de clichês não
está entre as atividades favoritas dos grupos da O.T.O. Tudo deve ser fidedigno:
o valor da onipotência profética de Crowley, o valor dos rituais (por exemplo, a
adoração diária do sol), a rotina das iniciações e da Massa de Gnóstica de todos
os domingos, o valor do código de comportamento, da censura em relação ao que é
proibido e o que é permitido. E a fidedigna saudação: " Faze o que tu
queres".
As produções do corpo são aplicadas para estética ou
agressão? As imagens do ocultista não perguntam o que o corpo quer, mas o que
ele é capaz de fazer.
Todas as palavras-chave
mencionadas acima são meros instrumentos na tarefa de desviar e reprimir um fato
em particular: que a versão americana da OTO, o chamado "Califado", só existe
para manter um único homem com casa e comida, permitindo-lhe que viva dos
direitos autorais da obra de Aleister Crowley.
O perigo de tal renda
(a única causa da existência do Califado) cria surpresas extremas e
estranhas. A onipotência do Califa representa, ao mesmo tempo, a sua impotência.
Como Rei dos destronados por escolha própria (thelemitas como sendo de fora
da Sociedade) ele anda por aí sendo visto como uma paródia de Rei pela
Sociedade. Há uma crescente dúvida quanto à sua masculinidade, enquanto que, ao
mesmo tempo, ele regula o que é considerado como o campo da
homossexualidade de seu grupo (XI°). Ele, no fim, se torna a madona
tirana, cujo menor capricho deve ser obedecido, e por quem todos sacrificam
tudo, inclusive a própria liberdade.
Este mecanismo
só funciona sob a condição de que o ' Califado' seja completamente irrelevante
no contexto da Sociedade. Logo que a realidade entra em jogo (em forma da
necessidade de fundos, advogados e coisas assim), os membros saem de fininho.
Se eles desobedecem as regras de Ordem, o que têm a perder, exceto sua
associação no clube?
O fato permanece: Membros em revolta, lutando
contra regras, não têm nada a temer no contexto da Sociedade — mas o ' Califado'
pode perder tudo: a sua base monetária.
A O.T.O. se degenerou até se tornar apenas um "assunto de
conversa".
[Trad. Soror Inanna]
English original: Aura of the O.T.O.
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Traduções portuguesas
Peter-R. Koenig: Introdução à Ordo Templi Orientis.
P.R. Koenig: Os Espermo-Gnósticos e a Ordo Templi Orientis.
P.R. Koenig: Criação Extática de Cultura.
P.R. Koenig: A Aura do Fenômeno O.T.O.
P.R. Koenig: O Ambiente do Reich dos Templários — Os Escravos Servirão.
P.R. Koenig: Fetiche, Auto-Indução, Estigma e Rôleplay.
P.R. Koenig: Versão Jogo de uma O.T.O.–Fatamorgana.
P.R. Koenig: Carl Kellner
Jamais um membro de qualquer O.T.O.
P.R. Koenig: Theodor Reuss: Avô da Sociedade Antroposófica?
Theodor Reuss: Programa De Construção E Princípios Orientados Dos Neocristãos Gnósticos O.T.O. 1920.
T. Reuss: I° Grau.
P.R. Koenig: Carl Willian Hansen – Dinamarca.
P.R. Koenig: The History of the O.T.O. in America.
Documents on Oscar R. Schag in the context of Jane Wolfe, Marcelo Ramos Motta, Karl Germer, Hermann Joseph Metzger.
Marcelo Ramos Motta: Ritual de Iniciação do Grau I O.T.O.
Marcelo R. Motta: Carta A Um Maçon.
Marcelo R. Motta: Lettre à un maçon brãsilien.
Marcelo R. Motta: Letter to a Brazilian Mason UNEXPURGATED.
Bibliographic Note and Addendum to "Letter to a Brazilian Mason by Marcelo Ramos Motta".
Marcelo Ramos Motta to Karl Germer, July 2, 1954.
Marcelo Ramos Motta about Paulo Coelho and others.
Marcelo Ramos Motta: The Development of a Secret Society in America in the Years 1957-2000.
P.R. Koenig: O Conquistador do Graal.
P.R. Koenig: Uma O.T.O. no Brasil.
Euclydes Lacerda de Almeida - Marcelo Ramos Motta - Kenneth Grant: Documentos 1966-1997.
Marcelo Motta palavras com Euclydes Lacerda de Almeida, 18 de dezembro de 1973.
Translation of Marcelo Motta's tape to Euclydes Lacerda, dated 1973.
Euclydes Lacerda de Almeida: Marcelo Ramos Motta — Um Enigma.
Claudia Canuto de Menezes: Conheci Marcelo Ramos Motta nos idos anos 70.
Claudia Canuto de Menezes: I met Marcelo Ramos Motta in the 70’s.
Euclydes Lacerda de Almeida: Emails to P.R. Koenig.
Marcelo A.C. Santos: A Verdadeira História do "Califado" no Brasil.
Kenneth Grant/Eugen Grosche: Manifesto da Ordem Interna "O.T.O." Orientis Britânia 1955.
P.R. Koenig: Kenneth Grant e a O.T.O. Tifoniana.
P.R. Koenig: Plano 93 do Espaço Exterior.
Michael Staley: O.T.O. Tifoniana — Uma Breve História.
Kenneth Grant: Concernente ao Culto de Lam.
Michael Staley: Lam: O Portal.
Michael Staley: Um Instrumento de Sucessão.
Michael Staley: Ã Um Vento Ruim que Sopra ...
Michael Staley: Lam Workshop.
Simon Hinton: Sua totalidade na Mente.
Fernando Liguori: Influência Tifoniana.
Fernando Liguori: A Influência Tifoniana na O.T.O. Brasileira.
Fernando Liguori: A Tradição Tifoniana.
Fernando Liguori: Ritual da Estrela Nu-Isis.
P.R. Koenig: In Nomine Demiurgi Saturni.
P.R. Koenig: Saturno-Gnose: A Arte de Amar e Viver.
Fraternitas Saturni: A apresentação solene do Anel de Loja.
Walter Jantschik: Magia Sexual Licantrópica.
Walter Jantschik: A Animação do GOTOS.
Walter Jantschik: A Ordo Baphometis. Uma ordem mágica hermãtico-gnóstica.
Michael Staley, 2003: "Não existe 'Typhonian O.T.O.' Brasileira; nem nada semelhante a isto. Ninguãm está autorizado a representá-la em nosso nome, ninguãm tem nossa bênção. Todas e quaisquer alegações são fraudulentas."
Michael Staley, 2003: "There is no Brazilian 'Typhonian O.T.O.'; nor is there likely to be. No-one is authorised to act on our behalf, no-one has our blessing. All such claims are fraudulent."
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