A Verdadeira História do "Califado" no BrasilDom Marcelo A.C. SantosI – Introdução O objetivo destas linhas não é outro senão retirar o manto com que os atuais oficiais brasileiros da auto-intitulada OTO Americana – daqui por diante denominada "Califado" – insistem em encobrir a história e o comportamento dessa organização em nosso país. Demonstraremos como a sedução dos títulos tem ciclicamente derrubado a Obra, que acaba por restar desprezada em favor da vaidade. Por sua vez, as razões da atual manipulação dos fatos históricos, pelo Califado, ficarão óbvias com a evolução de nossa narrativa, assim como ficará óbvio, também, o motivo pelo qual os seus primeiros oficiais nestas terras acabaram por recentemente desqualificá-lo perante o público nacional. Os sintomas aqui expostos, contudo, não ferem a dignidade nem a honra de qualquer uma das personagens citadas, sendo apenas uma conseqüência teratológica da alta competitividade da sociedade moderna, descambada para uma necessidade de compensação no reino da fantasia. Esta primeira apresentação, entretanto, sói ainda ser complementada, pois árdua tem sido a tarefa de organizar e analisar a volumosa documentação colocada ao nosso dispor, bem como ainda está para ser preenchida a lacuna destinada à versão dos outros dois oficiais originais do "Califado" no Brasil: os ex-Mestre do Oásis Therion e ex-chefe do grupo de São Bernardo do Campo. Além disso, alguns acontecimentos mais recentes ainda estão por ser concluídos, de modo que aguardaremos o seu desfecho para acrescentá-los em nosso escrito. Para um bom entendimento do rumo tomado na instalação do "Califado" no Brasil, devemos, primeiro, retroagir alguns anos. Em meados de 1993, o sr. Marcelo A. C. Santos (Frater Iskuros Australis), membro da Fraternitas Rosicruciana Antiqua, afastava-se da Loja Nuit da Sociedade Ordo Templi Orientis no Brasil, após ter sido severamente repreendido pelo simples fato de haver inquirido acerca de uma certa Loja Therion, acreditando-a parte da estrutura daquela Sociedade. Na verdade, a Loja a que se referira Marcelo era parte da Sociedade Novo Aeon, fundada em 1975 pelo primeiro – e, até este escrito, único - Grão Mestre da O.T.O. para o Brasil, Sr. Euclydes Lacerda de Almeida (Frater Aster, também conhecido sob o mote Zaratustra), ao qual foi conferido o IXº OTO pelo brasileiro Marcelo Ramos Motta e, posteriormente, por Kenneth Grant, da Inglaterra. Euclydes, tendo sido suspenso entre os anos de 75 e 80 e não mais restabelecido o contato com o Cabeça Externa da Ordem, Frater Parzival XIº (Sr. Marcelo Ramos Motta), não gozava da simpatia dos membros da Loja Nuit. (1) Diante da intolerância demonstrada pela Loja Nuit, Marcelo, que até então nunca tinha sequer trocado um bilhete com o tal Sr. Euclydes, acirrou contato com a Sociedade Novo Aeon, com a qual já havia iniciado correspondência através do Sr. Carlos Raposo (Pan/ Ommini Zelator/A.K./Sorath). Essa correspondência mostrou-se muito proveitosa e instrutiva, e foi mantida até Marcelo ser apresentado à Loja Thelema, uma espécie de atrium para a Loja Therion. Contudo, dias antes de sua iniciação, Marcelo soube que a Loja Thelema havia se desvinculado da Sociedade Novo Aeon, passando a integrar uma nova organização, denominada Fraternitas Lucis Hermetics. Tendo em vista a falta de razões convincentes para o cisma, Marcelo resolveu por adiar sua afiliação. Em 01 de junho de 1994, Carlos Raposo voltou a escrever para Marcelo Santos, justificando a sua longa ausência com a afirmativa de que as cartas anteriores haviam sido retidas por um dos irmãos que deram causa ao rompimento com a S.N.A. Essa é uma carta particularmente relevante no contexto da história do "Califado" no Brasil, pois as palavras do seu remetente hoje voltam-se contra ele mesmo. Raposo, atualmente um dos líderes do "Califado" no Brasil, dentre outras, fazia, então, questão de condicionar o contato com a Tradição ao vínculo com Euclydes Lacerda de Almeida.(2) Neste contexto, também merece destaque carta anterior de Raposo – o qual hoje, além de oficial do Califado, como já dito, é amasiado da atual representante do Califa Hymenaeus Beta para o Brasil, Srª Marisol Seabra (Shaitara), que, por sua vez, fora também oficial da Sociedade Novo Aeon – na qual proclamava Frater Aster como Grão-Mestre da O.T.O e reconhecia neste um verdadeiro herdeiro da Ordo Templi Orientis no Brasil. Por via oblíqua, também reconhecia a autoridade de Marcelo Ramos Motta (Frater Parzival) e Kenneth Grant (Frater Aossic Aiwass). (3) Note-se que, atualmente, Raposo, o responsável pela página do Oásis Sol no Sul do Califado, corta as raízes da árvore na qual ele e sua companheira subiram, ao declarar que o contato com a O.T.O. no Brasil somente pode ser feito através dos corpos locais do "Califado". Prosseguindo a correspondência, Raposo propôs um teste a ser feito para comprovar a legitimidade dos então atuais chefes da Loja Thelema: nada mais, nada menos, do que pedir-lhes cópias das instruções dos altos Graus da OTO, justificando-se no fato de as mesmas já estarem publicadas por Francis X. King (4). Isto também é particularmente interessante, pois, hoje, por questões de conveniência, os atuais representantes do "Califado" no Brasil seriam facilmente reprovados no mesmo teste que criaram; basta dizer que o chefe da Loja Nova Isis, Frater A-B-O, sofreu recentemente ameaças do Califado, pelo simples fato de Marcelo ter exposto trechos dos ditos Rituais Secretos na sua lista de discussões na Internet! Diante de tanta confusão, não fica difícil encontrar-se o porquê de Marcelo Santos haver contatado outras ramificações da O.T.O. fora do Brasil. Escreveu, então, em 26 de abril de 1994, três cartas, endereçando-as aos ramos suíço, venezuelano e americano, apresentando-se como um membro da Fraternitas Rosicruciana Antiqua e narrando um tanto da história de Télema no Brasil. Dos três ramos acima citados (na verdade, dois, pois os venezuelanos trabalhavam sob a autoridade dos suíços), apenas o americano respondeu. Assim, no início de dezembro de 1994, Marcelo recebia a carta que lhe fora remetida pela Secretária Geral do Califado, Soror Helena (Lynn Scriven, substituída em 20 de junho de 1999 por Marcus Jungurth/Aion), e, em 19 de dezembro daquele mesmo ano, solicitava inscrição com o membro associado do "Califado". Na próxima carta, a sempre gentil Srª Scriven deu continuidade à troca de informações sobre a F.R.A e os grupos telêmicos brasileiros, e não tardou a propor a Marcelo o envio de uma equipe de iniciação ao Rio de Janeiro (5). A resposta de Marcelo pareceu ter sido muito positiva, tanto que, na carta seguinte, ela já falava em marcar as iniciações, dizendo que enviaria ao Brasil o melhor iniciador do Califado, Glenn Alcorn (Saladin). O mais interessante, porém, foi que a Sra. Scriven, falando oficialmente pelo Califado, declarou, naquela carta, que Euclydes Lacerda de Almeida era a maior autoridade de Télema no Brasil (6). Isto deve ser guardado na memória, para que se entenda, mais tarde, a razão por que o "Califado" passou a perseguir e a tentar denegrir ao máximo a imagem de Euclydes, quando este veio a cortar relações com a ordem. Marcelo resolveu, então, procurar por pessoas que pudessem vir a ajudá-lo. Apresentou sua idéia aos poucos membros que haviam restado da Sociedade Novo Aeon, mas, de início, ela não foi agasalhada senão por um outro irmão da F.R.A., Sr. Antonio Carlos Ochiuzzo (Sabak, hoje afastado do mundo do ocultismo e vice-presidente da Sociedade Budista do Brasil). Isto porque Carlos Raposo e Marisol Seabra ainda tinham esperanças de reorganizar a S.N.A., embora cada vez mais os irmãos do Rio estivessem se afastando deles. Marcelo voltou a escrever para Soror Helena, dizendo do resultado de sua reunião com os ex-membros da S.N.A. no Rio de Janeiro. Na mesma carta, perguntava acerca da possibilidade de o "Califado" reconhecer os graus de Euclydes, principalmente diante da sua história pessoal, que em muito se confundia com a própria história de Télema no Brasil. Mais: dizia-lhe que Raposo publicaria Liber Agape em sua revista, Safira Estrela, que em breve seria lançada. A resposta da Sra. Scriven seria o ponto de partida para mais uma história de mentiras e traições. Segundo a Secretária Geral do Califado, os graus de Euclydes não poderiam ser reconhecidos. Nós não garantimos graus na O.T.O.; eles devem ser trabalhados completamente em ordem e forma, a partir de Minerval (7). Essa informação não era verdadeira, pois Marcelo sabia que o próprio fundador do Califado, Grady Louis McMurtry (Hymenaus Alfa) jamais havia percorrido sistematicamente os graus da O.T.O., o mesmo tendo ocorrido com seu sucessor, William Breeze (Hymenaus Beta). Mais tarde, viriam a ouvir da boca de um de seus iniciadores, Lon Milo DuQuette, que a iniciação deste ao IXº foi-lhe feita de surpresa, quando ele ainda era um membro da tríade inferior do "Califado". Quanto à publicação de Liber Agape, Soror Helena foi incisiva: - Eu devo lhes pedir que não publiquem Liber Agape...publicar tal documento é um mau serviço ao leitor. As técnicas ali descritas são extremamente potentes e podem seriamente machucar aqueles não propriamente instruídos no seu uso(8). Preocupado com a possibilidade de criar-se um conflito precoce com o Califado, o grupo do Brasil resolveu por devolver a mentira: em 02 de julho de 95, a pedido de seus colegas, Marcelo dava à Sra. Scriven a falsa informação (9) de que apenas 20 exemplares do volume 0 da revista Safira Estrela haviam sido publicados com Liber Agape, e que uma nova edição sairia sem aquela bem conhecida instrução secreta (10) Sem grandes surpresas, logo todos decidiriam aderir à idéia de trazer o "Califado" para o Brasil. O incidente abaixo consta das anotações do diário de Marcelo Santos e pode ajudar a esclarecer um pouco a questão: 15.7.95 – (...) Ainda não estou tranqüilo diante da idéia que me assusta. Fomos eu, Carlos e Marisol a Paraíba do Sul, onde conheci Euclydes. Carlos me pediu que assinasse com eles um certo documento, segundo ele para renovar o registro da S.N.A. Mas Teresa [mulher de Euclydes] recusou-se a assinar, dizendo que, na verdade, aquele documento tinha o propósito de mudar a S.N.A. de mãos. Espero estar entendendo tudo errado. Quem está enganando quem?. As cartas seguintes, entre Marcelo Santos e Lynn Scriven, trataram das iniciações vindouras, tendo ficado decidido que os membros fundadores do futuro Acampamento seriam Marcelo, Carlos e Marisol. Novas informações falsas foram trocadas. Por exemplo, em 24.10.95, o "Califado" proibiu expressamente que Raposo publicasse Liber CL no volume I da sua revista, mas novamente o material foi distribuído sem autorização. Em 21 de outubro, chegou a Marcelo uma carta que seria decisiva para que o seu entendimento sobre o "Califado" se tornasse mais livre e imparcial. Tal carta lhe fora endereçada pelo Sr. Steve King, representante do frater superior do "Califado" para a Austrália, pessoa verdadeiramente digna de todo respeito e admiração. Ele perguntava se Marcelo tinha os livros de Peter R. König, e se prontificava a copiá-los e remeter as cópias para o Brasil (10). As iniciações se aproximavam, mas nem tudo era um mar de rosas. Em 11 de dezembro de 1995, Marcelo lançava em seu diário: Começam os preparativos para as iniciações na O.T.O. Surgem os primeiros problemas entre o grupo. O título faz com que o trabalho seja esquecido. Entre os dias 14 e 17 de abril, foram realizadas as primeiras iniciações na C-O.T.O. e os primeiros batismos na E.G.C.. Os oficiais que presidiram as cerimônias foram Glenn Alcorn, Lon Milo DuQuette e Kip Coddington. Uma das instruções trazidas pelos representantes do "Califado" era no sentido de que Marcelo Santos deveria ser o futuro Mestre do primeiro corpo local no Brasil. Isto causou o inconformismo do Sr. Carlos Raposo, que não podia aceitar subordinar-se a alguém vários anos mais jovem do que ele. Esse assunto foi levado ao conhecimento de Marcelo por Glenn e Kip, que ressaltaram igual preocupação por parte de Lon DuQuette. O brasileiro, então, disse-lhes que não se importaria, acaso tivesse que abrir mão do seu título em favor da harmonia do grupo, contra o que Glenn Alcorn argumentou que havia recebido uma ordem, e que essa ordem deveria ser cumprida. Marcelo não tinha escolha: ele deveria ser o representante para o Brasil. No dia 17 de dezembro, convencido da irresignação de Raposo, Lon Milo DuQuette propôs, diante de todos, que ele viesse a assumir o cargo de co-Mestre de Acampamento, juntamente com Marcelo. Raposo reagiu positivamente, e o caso foi dado por encerrado. Partiram todos, então, ao encontro de Euclydes, que havia sido acometido de um mal súbito quando do seu primeiro encontro com os americanos e se encontrava acamado (que vejam aqueles que têm olhos de ver!). Por conta disso, Euclydes passaria apenas pelo ritual de Minerval, e não pelo Iº, num templo mais do que improvisado. Mais uma vez, uma mão invisível dava um rumo aos acontecimentos. Explica-se: das pequeninas alterações que o "Califado" fez aos textos publicados dos rituais, uma foi a criação do culto ao Califa, através da inclusão do nome Hymenaues Beta nas cerimônias ao lado de "Baphomet". Isto é especimente relevante para os estudantes mais sérios, e a sua gravidade será bem entendida pelos mais perspicazes. Não tendo passado pelo ritual do Grau I, Euclydes não jurou fidelidade a, nem reconheceu a autoridade de, Hymenaeus Beta. Após as iniciações, houve algumas reuniões, mas o grupo teve por bem aguardar o envio da carta-patente que autorizaria a fundação do Acampamento, para somente então iniciar efetivamente os trabalhos. Em março, Marisol enviou uma mensagem eletrônica para Lynn Scriven, dizendo que Carlos desistira de atuar como co-Mestre. Conversando com Marcelo, Carlos disse que aceitaria o cargo de secretário. Assim, em 14 de março de 1996, seguia para os EUA o pedido formal de autorização para a instalação de um Acampamento do "Califado" no Rio. Entretanto, Marcelo já não se sentia mais tão bem onde estava. Tinha lido os livros de König e relido os escritos de Marcelo Ramos Motta (Parzival XIº). Tinha meditado sobre os acontecimentos recentes. Por conta disto, escolheu para o futuro corpo local do "Califado" um dos nomes mágicos usados por Marcelo Ramos Motta: Sol no Sul (veja-se, por exemplo, a famosa carta enviada por Motta ao Rei Suíço da OTO, Joseph Metzger). Esse foi o seu primeiro ato mágico de insubordinação; porém somente mais tarde perceberia o seu alcance. Em 16 de abril de 96, Soror Helena informou a Marcelo que a carta patente não lhe chegaria antes de junho. Disse também que havia dado a Euclydes a oportunidade para que ele fundasse um Acampamento, a despeito de somente haver tomado o Grau 0 do "Califado". Para ela, Euclydes era certainly an exception to the rule. Nesse período, Marcelo passava por um período de profunda perturbação espiritual. A carta da Lua o perseguia. Ele percebia que algo de sombrio o rondava, e buscava uma maior aproximação de Euclydes, então seu instrutor na A\ A\ (12) Logo, uma nova maquinação de seus irmãos chegaria ao conhecimento de Marcelo. Em 18 de junho de 1996, Soror Helena informava-lhe que Marisol havia solicitado uma carta-patente para dirigir seu próprio Acampamento, sob o argumento de que Marcelo não permitia que os irmãos se encontrassem. Helena queria maiores informações sobre o que estaria acontecendo. A resposta foi imediata e sutilmente expressava a dúvida que Marcelo tinha quanto às atitudes de seus colegas. (13) Em 08 de julho de 1996, finalmente de posse da carta-patente – datada de 06 de maio de 1996 – foi fundado o Acampamento Sol no Sul, no Rio de Janeiro. Euclydes, por sua vez, logo decidiu retirar-se em definitivo do "Califado" (14). E, desconfiado das intenções daqueles que se diziam seus amigos, revogou todas as patentes e documentos por ele conferidas até Setembro de 1996, conforme declaração registrada perante o 2o. Ofício de Paraíba do Sul, RJ. No final do referido documento, Euclydes alertou: As razões desta irreversível decisão baseiam-se em vários fatos e razões que futuramente serão expostos publicamente, se assim for necessário. O "Califado" perdia, então, o seu maior trunfo em potencial: a si não se submeteria a pessoa cujos Graus e Consecuções, tanto na O.T.O. quanto na A\ A\, tinham o toque da legitimidade em que a organização americana pretendia se apoiar (15). Isto acabou gerando o descontentamento do Califa, que mais tarde não conseguiria mais esconder sua irritação, como demonstraremos. O próximo evento ocorrido foi igualmente relevante. Surge mais um protagonista da história do "Califado" no Brasil: Marcos Torrigo (Frater Piarus), um dos mais promissores estudantes da A\ A\ sob a orientação de Marcelo, decide se filiar ao "Califado". Marcelo, então, lhe escreveu: Eu estou pensando em fazer de você o representante do Acampamento Sol no Sul, após as iniciações de novembro, em S.P. Você ficaria a cargo de organizar e coordenar grupos de estudos nessa cidade (16). Interessante é o texto da carta seguinte, em que Marcelo Santos escrevia a Torrigo, como que demonstrando um quê do sentimento que guardava no seu íntimo e profetizando muito do que ainda estava por ocorrer: Nos dias que seguirão a este, você entrará em um período no qual eu lhe recomento a mais sincera reflexão, pois em pouco tempo toda a sua perspectiva de vida poderá mudar. Dentro de cerca de 20 dias, você poderá ser um Probacionista da A\ A\ e um irmão do Iº O.T.O., dois fatos que farão de um momento um ponto crítico na sua vida. Dia após dia, você verá conceitos desmoronados e aprenderá, com felicidade ou agonia, que tudo o que você puder construir sobre esses escombros não será mais do que castelos de areia. Nesses momentos, lembre-se de que, às vezes as pétalas perfumadas, às vezes os espinhos afiados, mas sempre será a Rosa que você terá às suas mãos... Caso eu venha fazer de você o representante do Acampamento Sol no Sul na sua cidade, tenha certeza de que esta será a sua maior provação, o seu ordálio mais terrível. Desvie-se da Grande Obra e só lhe restará...talvez...um ego monstruoso, em busca de projeção para a compensação das suas frustrações mundanas... Com uma única exceção [Euclydes], tudo o que tenho visto entre as pessoas que exercem funções administrativas na Ordem, ou em organizações parecidas, é uma imensa fogueira de vaidades. Espero que você não se torne mais um a queimar-se naquelas labaredas. (17) Em novembro de 1996, Glenn Alcorn voltou ao Brasil e novas iniciações foram realizadas, dentre elas a de Torrigo, que, em 23 daquele mês, era feito o representante do Acampamento Sol no Sul em São Paulo. Fato estranho foi que Marcelo Santos - tal como já havia ocorrido no ano anterior e sempre se repetiria durante as cerimônias do "Califado" que viesse a oficiar - passara mal durante o período de iniciações, chegando a perder mais de cinco quilos. Mesmo assim, esteve presente a todos os rituais, pois nenhum oficial estrangeiro acompanhara Glenn daquela feita. Mais estranho, ainda, era o fato de que, até então, nenhum material de instrução havia sido fornecido aos membros brasileiros, a não ser o chamado guia de estudos, que, como o próprio nome sugere, trata-se, apenas, de um roteiro que indica algumas obras (vendidas pelo Califado!) e práticas a serem observadas. Após as iniciações de novembro de 1996, os brasileiros passaram meses sem receber qualquer notícia do exterior, até que, em 03.01.97, chegou ao conhecimento de Marcelo mais um fato desagradável: a injustificada perseguição havida contra os membros do "Califado" da cidade de Manchester, na Inglaterra, que levou ao fechamento da Loja local e à expulsão do casal que a chefiava, numa atitude lamentada por toda a comunidade telêmica inglesa. Em conseqüência, Frater U\ D\, baseando-se numa condição peculiar da Fraternitas Saturni, funda um novo ramo da O.T.O. e, ato contínuo, abre mão da sua liderança em nome do casal perseguido pelo Califa. Particularmente, chamava a atenção um trecho do documento, que, traduzido, dizia: Desde a assunção da autoridade do "Califado" por William Breeze, aka Hymenaeus Beta, em 1985 e.v., nós, nosso trabalho, nossas consecuções, nossa própria existência, por vezes, ou assim parecia, representaram uma ameaça às alegações e às pretensões da liderança da O.T.O., tal como constituída sob os poderes do "Califado" que Breeze herdou de Grady McMurtry... Isto foi agravado pelo fato de a nossa Obra em serviço da Argenteum Astrum não ter ficado sob o controle daqueles que, de dentro do Califado, gostariam de expropriar toda a Obra para si mesmos e seu círculo de favorecidos, como se alguém tivesse, hoje, a autoridade de declarar qual é, ou qual não é, a verdadeira A\ A\ (...) Com a aprovação e o encorajamento do centro, Ben Furnee, o Inquisidor de Breeze, juntou, orquestrou, agravou e editou covardia, mentiras, falsa representação e inveja.... Ironicamente, o mesmo ainda viria a acontecer no Brasil. Também em janeiro de 1997, Carlos Raposo e Marisol Seabra entregaram seus cargos oficiais, sob a alegação de que estavam deveras atarefados. Também utilizando-se das mesmas justificativas, aos poucos se afastaram das atividades do Acampamento, muito embora, mais tarde, viessem a pedir acolhimento no Acampamento Therion, que, curiosamente, ficava, apenas (?), a cerca de 400 Km do Rio de Janeiro! No dia 23 de janeiro, Marcelo receberia uma mensagem eletrônica de Hymenaues Beta, na qual este parecia misturar os conceitos de OTO e A\ A\ e, ainda, esquecer-se de que o Grau de Euclydes nesta última era muito superior dele, Califa. Dizia H.B: ...I have been trying to make some sense out of OTO organizational situation, complicated by Euclydes’ resignation, and the complete confusion concerning A.A. activity in Brazil... Prosseguindo, o Califa, "esquecendo-se" de que o Grau de Euclydes lhe era superior, se queixava de não ter recebido relatórios da A.A., e de não saber nada sobre a admissão de Neófitos no Brasil, o que, nas suas palavras, era totalmente inaceitável. Pedia, ainda, o endereço da Editora Madras para contatá-los e escrever cartas legais, pois – segundo Hymenaues Beta – "o Brasil é considerado um dos centros mundiais de pirataria intelectual" (18) As informações solicitadas foram fornecidas por Marcelo, que também informou ao Califa que Euclydes pretendia publicar um livro sobre a história de Télema no Brasil. Entretanto, ressalvou que Euclydes era o seu Zelator Superior, e que ambos não concordavam com as imposições feitas a respeito da A\ A\ O que Marcelo Santos omitiu, contudo, foi que, por lealdade ao seu Zelator, compartilhava com Euclydes todos os documentos relativos à A\ A\, inclusive os que espelhavam sua correspondência com alegados membros no exterior. A resposta de Hymenaeus Beta, de 04 de fevereiro, repetia um pouco do que havia acontecido na Inglaterra. A pretensão do Califa concernente à A\ A\ era totalmente descabida. O objeto das suas alegações, na mente de Marcelo, era uma frontal violação a Liber OZ: You ask me how you can assist me in connection with A\ A\ You can begin by quietly severing any formal ties with Euclydes Lacerda, who is no longer in communication with the Order... Na sua réplica, Marcelo Santos já deixava perceber traços de sua queda. Baseado nos rumores – cujas fontes são facilmente imaginadas - de que Euclydes havia se distanciado do "Califado" porque não conseguiria aceitar uma criança como Mestre de Acampamento, Marcelo já começava a se deixar seduzir pela idéia de que um "reconhecimento" vindo do exterior poderia lhe ser mais interessante. (20) Também dava ciência ao "Califado" de que Marcos Torrigo havia constituído uma editora, Anúbis, e pretendia lançar alguns títulos de Crowley pagando royalties ao Califado, o que, obviamente, deve ter deixado o Califa muito feliz (21). Em seguida, iniciou-se um processo lamentável: Marcelo, já tomado pela vaidade, passou a obrar contra aqueles que não se enquadravam na política proposta pelo Califado, dentre eles, Euclydes, pois, segundo o Frater Superior, "nós [o Califado] não gostaríamos que as companhias que pretendem publicar nossos livros pensem em publicar o livro de Euclydes. Também com a ajuda de Marcelo, o Califa enviou, em 16 de abril de 97, uma carta à editora Madras, ameaçando-a por conta da publicação de seus livros. Mais tarde, Marcelo viria a se arrepender amargamente dessas atitudes, muito embora as atitudes da organização americana não houvessem passado do limite das ameaças. Ao mesmo tempo em que isso ocorria, Carlos Raposo e Marisol Seabra davam causa a novos problemas: agora, publicavam em sua revista anúncios do Califado, apresentando o seu endereço como aquele em que os contatos com a ordem deveriam ser feitos. Em 25 de julho de 1997, Marcus Vannuzini, Conselheiro do Acampamento, repassava a Marcelo um e-mail no qual Carlos Raposo usava de todos os seus expedientes para detratar a imagem de Marcelo, inclusive alegando ter o apoio de Torrigo. Nessa época, deflagrava-se uma terrível batalha, pois Raposo havia se apropriado da correspondência entre Marcelo e Euclydes e dado ciência da mesma ao Califa. Posteriormente, Raposo também se apropriaria da correspondência entre Marcelo e o próprio Califa. Para tornar uma longa história curta, basta dizer que, em 26 de julho de 1997, o Califa enviava uma mensagem a Carlos Raposo, na qual este era severamente criticado por ter se apossado daquela correspondência e repreendido por sua insistência em tentar minar o trabalho de Marcelo. H.B. também expressava o seu descontentamento pelo uso que Carlos fazia do material telêmico para se auto-promover. Contudo, interessante é notar que a quase totalidade das mesmas críticas que foram di rigidas a Raposo e Marisol poderiam ser, também, aplicadas ao próprio Califa. Eis alguns trechos dessa mensagem: You usually contact me in order to undermine Bro. Santos...and frankly, I think you play games... a great deal of the time. ... I have been trying to find a way to accomodate you and your wife without destroying the rest of our organization in Rio. However, you continue to act as a "player" in OTO affairs...IHQ is sending a Sovereign Grand Inspector General to Brazil in the fall... Em outubro de 1997, o Rio de Janeiro recebia novamente oficiais estrangeiros do Califado, tanto para realizar novas iniciações, quanto para proceder às investigações acerca dos fatos ocorridos. Quanto a estas, contudo, os inquisidores não obtiveram êxito, pois um pacto prévio de silêncio garantiu que os acontecimentos não fossem examinados a fundo. Na verdade, toda a culpa foi empurrada para cima do então Mestre do Acampamento Therion, Marcos Torrigo, pois descobriu-se ter sido ele quem enviou cópias da correspondência entre Hymenaeus Beta e Marcelo Santos para Raposo e Seabra. Na verdade, os oficiais brasileiros, sem exceção, já estavam carcomidos pela vaidade e pela sede de poder. Eles não percebiam, porém, que esse poder; jamais existiu fora de seus sonhos e fracassos. Além da entrada de mais um protagonista da história do Califado, Sr. Mario Gil (Frater Abbashaitan), mais tarde líder de um grupo em São Bernardo do Campo, a série de 60 iniciações trouxe outras informações que contribuiriam para que a verdadeira face do "Califado" fosse escancarada. Com efeito, Glenn Alcorn trouxe consigo vários documentos produzidos por uma das Lojas a que integrou. Os brasileiros que lhe eram mais afetos foram autorizados a fazer cópias desses documentos, contanto que os preservassem sob sigilo, pois, de acordo com Alcorn, o Califa havia determinado a supressão de quaisquer instruções no seio do "Califado". Ainda de acordo com o inquisidor, essa prática asseguraria a venda dos livros, ou seja, asseguraria a percepção de royalties pela C-OTO. Por sua vez, a esposa de Rodney Orpheus, Heidi, revelou a um grupo de membros da ordem que o seu batismo na EGC foi-lhe ministrado contra a sua vontade. Segundo ela, por se recusar a integrar a EGC, as missas na sua cidade estavam prejudicadas. Chegou um dia, porém, que, andando às margens de um rio, Hymenaues Beta tomou um pouco d’água nas mãos, jogou-lhe sobre a cabeça e disse: - Você acaba de ser batizada. Por pura vaidade, mesmo já estando convencido da falta de seriedade e de legitimidade do Califado, Marcelo Santos aceitou sua carta de iniciador, datada de 27 de Outubro de 1997. Nos meses que se seguiram, mais confirmações traziam a Marcelo e outros vários irmãos a certeza de que o "Califado" não merecia o trabalho que eles vinham desempenhando. Em maio de 98, por exemplo, Marcelo Santos recebeu uma carta do testamenteiro literário de Aleister Crowley, Sr. Anthony Robert Naylor, dando-lhe ciência de que as alegações do Califado, acerca da propriedade dos direitos autorais da Besta, em nível mundial, eram equivocadas. (23) De mentira em mentira, Marcelo Santos dava-se por conta de que ele também mentia; de que ele também obrava contra seus irmãos em Télema; de que ele também havia caído. Os problemas eram intermináveis. Em setembro de 1998, um dos membros do "Califado" lançou várias mensagens em listas da internet, com o fito de desmoralizar Marcelo. Novamente, Glenn Alcorn viria ao Brasil, desta vez apenas como inquisidor. Conversando com seu grande amigo, Antônio Ochiuzzo – que já havia se desligado do "Califado" – Marcelo finalmente percebeu como estava desperdiçando seus anos naquela organização. Antônio chamou-lhe a atenção para o fato de que o "Califado" nada tinha a oferecer para o sincero buscador: nenhuma instrução era fornecida; ao longo de toda a história, o ambiente na C-OTO jamais foram saudável; Télema, ali, era apenas chamariz. O agora budista Antônio comparou a vida espiritual à escalada de uma montanha: - Jogue fora o peso desnecessário, disse ele. Antônio Ochiuzzo tinha razão: Marcelo Santos finalmente acordava do seu doce pesadelo e iniciava o seu afastamento do "Califado". Ironicamente, somente havia duas pessoas que poderiam assumir o Oásis, devidos ao grau requisitado (IIIº): Carlos Raposo e Marisol Seabra! Em 28 de outubro de 1999, apesar da pressão contrária da maioria de seus colegas, dentre eles Humberto Maggi (Frater Zarazaz), que insistia em alertar sobre a má-fé de Carlos e Marisol, Marcelo confirmava esta última como sua substituta, o que veio a ser acatado pelo Supremo Conselho do "Califado". Entretanto, como já deveria ser esperado, tão logo se deu a transferência do cargo, Marisol passou a obrar em desfavor de Marcelo. (24) Em dezembro, Marcelo Santos viajou para os Estados Unidos, onde se iniciou no IVº e P.I., além de ter passado pelo Ritual DCLXXI, da A\ A\ Sua permanência no "Califado" era cada vez mais insuportável. Apenas para ilustrar, Marcelo descobriu que, através de mediana bajulação, o Vº é considerado o grau mais alto a que normalmente se atinge; a partir daí, os critérios são bem obscuros. Soube, ainda, da boca da contadora do Califa, que a mansão em que este reside era sustentada pela ordem. Salvo melhor juízo, tendo em vista a arrecadação com roylaties e com as taxas de iniciação e anuidades, torna-se verdadeiramente difícil de se entender a razão por que os corpos locais não recebem qualquer subsídio da Ordem, ao passo que o seu chefe é confortavelmente alojado. Vários outros fatos chamaram a atenção do brasileiro, os quais não convém entrar agora em detalhe. Entretanto, a viagem de Marcelo não lhe foi desfavorável por completo: o Ritual 671 (A\ A\) foi-lhe extremamente benéfico, e serviu para quebrar algumas amarras de longo tempo. Em quatro de janeiro de 1999, Marcelo declarou expressamente seu afastamento do Oásis Sol no Sul, e seu vínculo com o "Califado" também estava por um fio, como demonstram suas entradas no diário (25). Em fevereiro, Marcelo receberia uma carta do tesoureiro geral da Ordem, Bill Heidrick, dizendo que já havia pedido para Marisol repassar-lhe as questões ali formuladas e reclamando por não ter recebido resposta. Obviamente, aquela era a primeira vez que Marcelo via aquelas questões, as quais respondeu prontamente. Logo em seguida, a gota d’água: Após ter viajado por duas horas durante a noite com sua esposa grávida, tão somente para auxiliar Marisol a proceder às suas primeiras iniciações, Marcelo Santos foi barrado à porta do templo pelo então tesoureiro do Oásis, Noé Alvarenga (Sinn). Após alguns momentos, foi-lhe permitido adentrar a casa, mas Marisol disse-lhe que perderia seu tempo se tirasse o robe da mochila. Segundo Marisol, o secretár io do Oásis, Daniel Velho (Iehi Schamir), lhe havia dito que Marcelo iria lá para fiscalizar os trabalhos. Como tudo aquilo era claramente um grande palco de mentiras, Marcelo simplesmente deu adeus e pegou suas coisas, deixando claro que não mais seria omisso quanto a expor o que tinha vivido no Califado; ao que Marisol pediu-lhe que ficasse. Ao retornar ao Rio, Marcelo escreveu ao Califa, cortando seus laços com o "Califado". (26) A partir daí, vários outros acontecimentos e traições tiveram lugar, os quais provocaram o afastamento de Marcos Torrigo, que fechou o Acampamento Therion, e de Mágio Gil, outrora líder do grupo de São Bernardo do Campo, o qual veio a fazer novas revelações e a desferir vários ataques públicos contra o "Califado". Mas estes assuntos serão tratados quando da próxima atualização desta narrativa, por seus próprios protagonistas. Finalmente, merece destaque uma das mais recentes conseqüências dos atos do "Califado" no Brasil: a criação, em finais de julho de 1999, da Aliança 93, à qual aderiram importantes expoentes e manifestações da corrente telêmica, acabando com as ilusórias barreiras até então existentes entre diversos indivíduos e organizações. Adesões de novas organizações (exceto, é óbvio, o Califado) ainda poderão vir a ser aceitas. De nossa exposição, extrai-se facilmente que o "Califado" em nenhum sentido pode ser encarado, quer como uma Fraternidade, quer como uma Ordem mágica. Os expedientes de que essa organização se utiliza para manter seus seguidores são a coação moral (é comum ouvir-se que quem toma o Iº deve prosseguir até, no mínimo, o P.I., sob pena de sofrer as terríveis conseqüências de sua retirada precoce), ou o estímulo da vaidade (títulos pomposos são sempre uma boa compensação para as frustrações do dia-a-dia). No Brasil, o "Califado" tem, hoje, uma liderança que se prende a uma história de discórdias e jogos subterrâneos, com raízes anteriores à própria instalação dessa organização nestas terras; aí talvez resida a razão da afinidade recíproca. Na próxima atualização, traremos à baila fatos mais recentes, que comprovam que as práticas dos oficiais brasileiros do "Califado" têm seguido o mesmo sentido que até aqui foi demonstrado. Os seguidores do Livro da Lei não deveriam acreditar em mudanças. Notas:
Isto é o que tem acontecido, não só com os povos, mas também com as religiões, tendências, correntes políticas etc. Porém, no "Califado" tenho vivenciado justo o oposto. Há uma tensão interna beirando o insuportável (i.e., o ridículo) por todo o tempo. Por uma má compreensão da própria filosofia que pregam, os membros da ordem, crendo-se deuses soberanos, recusam-se a aceitar a existência de outra soberania tão divina quantos eles mesmos. Assim, tais ‘soberanos’, enlouquecidos e cegos, atiram-se num mar de paranóia e estratégias estéreis contra seus ‘inimigos’, que não são aqueles que estão do lado de fora, mas sim aqueles a que chamam de ‘irmãos’. O resultado é uma caótica comédia intracultural/social, que implode a organização, além da vulgaridade que já lhe traz fama (08 de fevereiro de 1999). Nota: Euclydes Lacerda de Almeida faleceu no dia 24 de junho de 2010. Emails from de Almeida Traduções portuguesasPeter-R. Koenig: Introdução à Ordo Templi Orientis.P.R. Koenig: Os Espermo-Gnósticos e a Ordo Templi Orientis. P.R. Koenig: Criação Extática de Cultura. P.R. Koenig: A Aura do Fenômeno O.T.O. P.R. Koenig: O Ambiente do Reich dos Templários — Os Escravos Servirão. P.R. Koenig: Fetiche, Auto-Indução, Estigma e Rôleplay. P.R. Koenig: Versão Jogo de uma O.T.O.–Fatamorgana. P.R. Koenig: Carl Kellner Jamais um membro de qualquer O.T.O. P.R. Koenig: Theodor Reuss: Avô da Sociedade Antroposófica? Theodor Reuss: Programa De Construção E Princípios Orientados Dos Neocristãos Gnósticos O.T.O. 1920. T. Reuss: I° Grau. P.R. Koenig: Carl Willian Hansen – Dinamarca. P.R. Koenig: The History of the O.T.O. in America. Documents on Oscar R. Schag in the context of Jane Wolfe, Marcelo Ramos Motta, Karl Germer, Hermann Joseph Metzger. Marcelo Ramos Motta: Ritual de Iniciação do Grau I O.T.O. Marcelo R. Motta: Carta A Um Maçon. Marcelo Ramos Motta to Karl Germer, July 2, 1954. Marcelo Ramos Motta about Paulo Coelho and others. Marcelo Ramos Motta: The Development of a Secret Society in America in the Years 1957-2000. P.R. Koenig: O Conquistador do Graal. P.R. Koenig: Uma O.T.O. no Brasil. Euclydes Lacerda de Almeida - Marcelo Ramos Motta - Kenneth Grant: Documentos 1966-1997. Marcelo Motta palavras com Euclydes Lacerda de Almeida, 18 de dezembro de 1973. Claudia Canuto de Menezes: Conheci Marcelo Ramos Motta nos idos anos 70. Marcelo A.C. Santos: A Verdadeira História do "Califado" no Brasil. Kenneth Grant/Eugen Grosche: Manifesto da Ordem Interna "O.T.O." Orientis Britânia 1955. P.R. Koenig: Kenneth Grant e a O.T.O. Tifoniana. P.R. Koenig: Plano 93 do Espaço Exterior. Michael Staley: O.T.O. Tifoniana — Uma Breve História. Kenneth Grant: Concernente ao Culto de Lam. Michael Staley: Lam: O Portal. Michael Staley: Um Instrumento de Sucessão. Michael Staley: Ã Um Vento Ruim que Sopra ... Michael Staley: Lam Workshop. Simon Hinton: Sua totalidade na Mente. Fernando Liguori: Influência Tifoniana. Fernando Liguori: A Influência Tifoniana na O.T.O. Brasileira. Fernando Liguori: A Tradição Tifoniana. Fernando Liguori: Ritual da Estrela Nu-Isis. P.R. Koenig: In Nomine Demiurgi Saturni. P.R. Koenig: Saturno-Gnose: A Arte de Amar e Viver. Fraternitas Saturni: A apresentação solene do Anel de Loja. Walter Jantschik: Magia Sexual Licantrópica. Walter Jantschik: A Animação do GOTOS. Walter Jantschik: A Ordo Baphometis. Uma ordem mágica hermãtico-gnóstica. Michael Staley, 2003: "Não existe 'Typhonian O.T.O.' Brasileira; nem nada semelhante a isto. Ninguãm está autorizado a representá-la em nosso nome, ninguãm tem nossa benção. Todas e quaisquer alegações são fraudulentas."
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